quarta-feira, 8 de junho de 2011

Resumo-Dialeto caipira




O dialeto caipira é um dialeto da língua portuguesa falado pela população do interior do estado de São Paulo, em partes do Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e do Nordeste brasileiro. 
Caipira é uma denominação tipicamente paulista. Nascida da primeira miscigenação entre o branco e o índio. "Kaai" "pira" na língua indígena significa, o que vive afastado, "kaa" - mato, "pir" - corta mata, "pira" - peixe. A fala caipira formou-se a partir de elementos do tupi e da influência de outras línguas, como a africana e a castelhana, além das criações que emergiram no próprio meio caipira e, fundamentalmente, do português arcaico dos séculos XV e XVI.

Diferença entre a fala caipira e a norma culta:
• "ocê", "cê" = você.
• "nóis" = nós.
• "sô" = pode-se dizer que o caipira usa essa palavra em substituição ao nome da pessoa com quem fala.
• "butinas" = botas.
• "ãssim" = assim.
• "sê" = se.
• "miór" = melhor.
• "cuié" = colher.
• "zóio" = olhos.
• "oreia" = orelha.
• "quintá" = quintal.
• "animá" = animal.
• "falá" = falar.
• "fessôra" = professora.
• "escrivinhado" = escrito.
• "carçado" = calçado.

Algumas expressões típicas dos caipiras: 
1) "Nóis tá indo" = nós estamos indo.
2) "Nóis fumo" = nós fomos.
3) "Nóis vortemo" = nós voltamos.
4) "Deve de ser" = deve ser.
5) "Devo de tá" = devo estar.
6) "Uai" = nossa (no sentido de admiração).
7) "Em riba" = em cima.
8) "Ê lasqueira!" = que situação!
9) "Sem graceira" = sem graça.
10) "Mar que" = mais que.

Uma característica bem interessante no dialeto caipira é um constante emprego de sujeitos no plural e os adjetivos que os caracterizam, no singular.
Por exemplo: "Como ocês são burro".


Fontes: http://www.memoriaviva.org.br/default.asp?ACT=5&content=969&id=19&mnu=18
http://www.todocaipira.com.br/crbst_6.html
http://www.youtube.com/watch?v=X588TuX1Wv0&feature=related


Postado por: Nícollas Abreu.

7 comentários:

  1. Oi,
    Nicollas,
    excelente postagem!!!
    NInguém melhor para representar a variação linguística do que o Chico Bento.
    Parabéns!!!!
    Aluiza

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  2. Meu afilhado, José, pela segunda vez insistiu em rever esse desenho e intrigantemente ri quando escuta o Chico falando errado. Observei que embora ele ainda seja um aprendiz de nossa língua, por ser pequenininho (apenas 8 anos), já identifica uma entonação diferente e erros pronunciados, mesmo ele sendo uma criança sem maldade. Significa dizer que o público capaz de estigmatizar varia em idade. Vcs concordam com essa minha observação? Li com ele algumas variantes que vcs postaram e "rolamos" de rir. "Eu caducando", pense! Seu público de seguidores ganhou mais um pequenininho, embora ele não tenha blog, acessamos juntos. Certamente, um video como esse, se apresentado em sala, serve como apresentação para discussões acerca dos tipos de falares marcados em classes sociais e seus porquês visando o falar do interior. Interessante! O que vcs acham de nos presentear com outra postagem de desenho com variações no falar? Será que existe outro desenho que retrate uma perspectiva de um falar estigmatizado nas grandes cidades? Continuo admirando o trabalho de vcs. Blog excelente! Roney Batista.

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  3. De certa forma, mesmo com pouca idade e de uma forma inocente, o seu sobrinho percebe as variações linguísticas presentes no vídeo do Chico Bento e o estigmatiza, quando ele ri ao escutar o falar caipira, que é diferente do dele. Falando nisso, esse personagem é um ótimo exemplo para abordar os diferentes falares do nosso país. Roney, o único personagem que conhecemos que mais abrange esse falar caipira é justamente ele, posso até lhe mostrar outros vídeos dele. É um melhor que o outro! Mesmo assim, continuaremos procurando e, se encontrarmos, voltaremos a abordar o assunto aqui. Muito obrigado pelo comentário, continue acessando o nosso blog e enviando suas críticas e sugestões. Um forte abraço de Nícollas, Aline e Myrella.

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  4. Amigo, vai ler "Preconceito Linguístico" do Marcos Bagno e REVEJA SUAS POSTAGENS, REVEJA SUA VISÃO DE MUNDO...

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  5. Eu tive que fazer um trabalho sob linguagem caipira e usei as mesma palavra da aqui.

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